Lançado na tarde desta terça-feira (21/7), o abaixo-assinado liderado por Carina Vitral e a bancada feminista tem o tema “Escola sem covid” e questiona a forma como o governo do Estado de São Paulo e a prefeitura paulistana vêm conduzindo as medidas de retorno às aulas presenciais nos estabelecimentos de ensino, sem participação da comunidade escolar.

“Como garantir o uso de máscaras e álcool em gel por bebês, crianças e adolescentes? Como manter o distanciamento no ensino infantil, sendo que educadores precisam ter contato físico com crianças e bebês? Como garantir segurança para os educadores que já ficaram sobrecarregados com o ensino remoto e agora serão expostos a uma situação sanitária precária?” são perguntas que o texto faz às autoridades, diante do cenário que aponta número de contágios e de mortes crescente no país. São mais de 2 milhões de pessoas contaminadas, com mais de 80 mil óbitos no território nacional, sendo 181 mil casos e quase 9 mil mortes na cidade de São Paulo. A quantidade de óbitos diários no país gira em torno de mil ou no mínimo de centenas.

As líderes feministas lembram que os dados demonstram situação em que a pandemia não foi controlada, não existe vacina, e a população não está imunizada. “Mesmo assim, os governos insistem em colocar a vida da população em risco”. Para elas, a volta às aulas em São Paulo, da forma proposta, significa “risco à saúde dos alunos, das famílias, professores e demais profissionais da educação”.

O abaixo-assinado, que pode ser subscrito por qualquer pessoa, requer que a data de retorno prevista para 8 de setembro seja revogada, que a retomada das aulas ocorra somente quando houver segurança sanitária comprovada e que a decisão de retorno seja tomada democraticamente pela comunidade escolar.

O documento está disponível neste link: https://m.bancadafeministasp.com.br/educacao-sem-covid

A bancada feminista que disputa vaga de vereadora na Capital pelo PCdoB é formada por Carina Vitral, estudante de Economia na PUC-SP, presidenta nacional da União da Juventude Socialista (UJS) e ex-presidenta da UNE; Claudia Rodrigues, presidenta da União Brasileira de Mulheres na cidade de São Paulo; Camilla Lima, professora da rede estadual no Capão Redondo e articuladora cultural na Zona Sul; e Nayara Souza, estudante de Publicidade e Propaganda na PUC-SP, ex-presidenta da União Estadual dos Estudantes (UEE) e atual presidenta da UJS no estado de São Paulo.

Por Sueli Scutti