Parlamentar combativo, Orlando Silva não foge à luta em defesa do Brasil e dos trabalhadores. Baiano de nascença, o parlamentar de primeiro mandato é líder do PCdoB na Câmara e se destaca pela capacidade de conquistar apoios, em votações em Plenário, até mesmo nas trincheiras adversárias.

Richard Silva/PCdoB na Câmara

 

Em 2018, foi escolhido pelo júri especializado como um dos 10 melhores deputados federais pelo Prêmio Congresso em Foco. O reconhecimento é resultado do combate firme ao desgoverno de Michel Temer. O deputado do PCdoB, que adotou a cidade de São Paulo há mais de 25 anos, lutou contra a Reforma Trabalhista, que prejudica o trabalhador, e a Reforma da Previdência, que dificulta o acesso à aposentadoria.

A indignação contra as desigualdades levou Orlando à política. Iniciou sua trajetória ainda na juventude, na década de 1980, no grêmio estudantil. Desde então, participou de grandes lutas do cenário político brasileiro, como o movimento “Fora Collor!”, que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo.

Em 1995, foi o primeiro negro a ocupar a presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE). “Era um momento de muita ofensiva do neoliberalismo e resistência política de nossa parte, quando o Fernando Henrique Cardoso queria ferir a autonomia universitária, cortando os recursos necessários para a manutenção da atividade das universidades. O governo tratava com repressão e marginalizava os movimentos sociais. Felizmente, houve um acúmulo de força dos movimentos, o que possibilitou a chegada do campo progressista ao poder em 2002”, disse em entrevista ao Portal Vermelho.

Foi ainda vereador pela capital paulista e ministro do Esporte durante a segunda gestão do governo Lula. Na Pasta, realizou os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Parapan-Americanos de 2007. Entregou seis mil obras de infraestrutura esportiva em todo o país, de quadras em escolas até grandes complexos esportivos, ampliando a prática em todos os estados.

Na Câmara, Orlando garantiu a aprovação de importantes projetos que melhoram a vida dos brasileiros. Ele foi relator da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, liderando a articulação de diversos setores para construir um texto avançado que permitisse ao país proteger os cidadãos sem impedir oportunidades de negócio. Foram dois anos de muito trabalho, com a realização de 13 audiências públicas temáticas, além de seminários internacionais e mesas de diálogo com todos os setores, aprofundando cada assunto para chegar ao texto final.

Um dos maiores dramas do país é o desemprego, que afeta 14 milhões de brasileiros. Por isso, como relator do projeto de reoneração da folha de pagamentos (PL 8456/17), Orlando incentivou segmentos econômicos que geram mais empregos, como o de transporte, têxtil, dentre outros. O texto que estava parado no Congresso contou com a articulação do deputado paulistano para avançar e ajudar no fim da greve dos caminhoneiros.

O parlamentar também presidiu a Comissão de Trabalho. Sua capacidade de diálogo, somada à pressão dos movimentos sociais, barrou o projeto de privatização da Eletrobras, que faria todos pagarem uma conta de luz mais cara.

Outra mudança na legislação que contou com a articulação de Orlando foi a Lei de Migração (13.445/17). O novo texto substitui o antigo Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80), adotado durante o regime militar, e revoga ainda a Lei da Nacionalidade (818/49). Segundo o relator da matéria, a nova Lei de Migração prioriza o acolhimento dos estrangeiros.

Fonte: Câmara dos Deputados